"Se quiser tomar toma... se não quiser não toma"

21/05/2020

O Ministério da Saúde mudou o protocolo médico de uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. O novo protocolo permite que a droga seja usada em casos leve da infecção, o que antes só estava previsto para casos graves. Entretanto o governo fez ressalvas técnicas onde admite que a droga não tem eficácia comprovada, alerta para os efeitos colaterais, sobre regras para a prescrição médica, além disso o paciente deve assinar uma autorização de uso e assumir os risco com o tratamento. Com isso, a responsabilidade para a escolha do remédio deve ser pensada e negociada entre médico e paciente. "Assim, fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, conforme modelo anexo", conclui. Ou seja estão autorizando o uso de um medicamento que acham que pode ajudar no tratamento da Covid-19, onde o paciente assume toda responsabilidade em caso de não chegar ao objetivo desejado. Lembrando que a defesa que justifica o novo protocolo frisa a mesma tendência. "Até o momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a indicação de terapia farmacológica específica para a Covid-19", ressalta. A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) em um trecho na nota que divulgou disse "A escolha desta terapia, ou mesmo a conotação que a Covid-19 é uma doença de fácil tratamento, vem na contramão de toda a experiência mundial e científica com esta pandemia. Este posicionamento não apenas carece de evidência científica, além de ser perigoso, pois tomou um aspecto político inesperado". Enfim fica a recomendação dos ministros do governo e do próprio presidente "se quiser tomar toma... se não quiser não toma"