Investigação começa desconstruir suposto gabinete do ódio

26/05/2020

A suposta existência do chamado 'gabinete do ódio' começa a ser mostrado através de um trabalho de jornalistas investigativos. E o gabinete começa a ser desconstruído. Um dossiê que foi entregue a redação do site DCM (Diário do Centro do Mundo) apresenta de forma minuciosa a estrutura e nomes de pessoas envolvidas em disseminar mentiras. Parabéns ao colega jornalista Pedro Zambarda do DCM pela reportagem. A redação do DCM recebeu de quatro diferentes fontes (que serão mantidas em sigilo) documento de 115 páginas onde apresenta a relação entre os milicianos digitais e os de Jair Bolsonaro, o que provaria o envolvimento direto destes com o chamado "gabinete do ódio. Uma cópia do documento foi encaminhada pela mesma fonte, foi encaminhada a CPMI da Fake News, que em tese comprovaria a existência do famoso gabinete do ódio. O documento traz fotos e áudios de integrantes do esquema e detalhes sobre os veículos que publicam as fakes e como são financiados. Ao tentar desqualificar o material o deputado Eduardo Bolsonaro faz uma declaração que soa estranha "Dos mesmos produtores de GPS ideológico da Fôia [Folha de S.Paulo], black list do Estadão e blogueiros de crachá + competentes que Felipe Moura Brasil [reportagem da revista Crusoé], vem aí: a teia do Gabinete do Ódio. Quando olhei pela primeira vez, achei que fosse meme. Como um ser leva isso a sério? E o cara que fez isso, tão mongolão, esqueceu vários nomes". Como a CPMI ganhou fôlego ao ter seu prazo de conclusão dilatado, muita água ainda vai rolar.