Augusto Heleno "só não vale puxão de cabelo e dedo no olho"

29/05/2020

O general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI, afirmou que a segurança presidencial impediria agressões físicas contra os profissionais de imprensa a serviço no Palácio do Alvorada, mas que não tem condições de cercear as pessoas de se expressarem, nem as agressões verbais. Essa declaração veio depois dos grupos Folha e Globo declararem que não fariam mais a cobertura do dia a dia do presidente, temendo a falta de segurança de seus profissionais. "Eles virem aqui e jogaram coisas em vocês, não vai acontecer. Provocar confusões que possam gerar agressões físicas, nós não vamos deixar. Vamos proteger a imprensa de qualquer tipo de agressão física. Agressões verbais não tem como impedir. Vão a um jogo de futebol. A torcida do Flamengo xinga a torcida do Fluminense, chama o juiz de filho de tudo. Quem é que vai prender a torcida inteira?", disse Heleno a jornalistas, na Alvorada. Ao defender as ofensas verbais o GSI defende os atos do próprio presidente que constantemente humilha profissionais, em um dos seus recentes ataques à imprensa, ele mandou jornalistas calarem a boca. "Cala a boca não perguntei nada, jornal patife e mentirosa, cala a boca". Heleno disse que a segurança presidencial mudou o esquema de dispersão, ao final da fala do presidente, os jornalistas terão de cinco a sete minutos para deixar o local, antes dos apoiadores. A entrada ea saída são comuns aos dois grupos, o que facilita hostilidades. "Eles (segurança) vão ficar aqui um tempo para que vocês vão para os carros, com as câmeras, e possam se retirar. Nossa opinião continua a mesma, coletiva de imprensa não é isso que vemos.