Presidente está tentando pôr na conta da pandemia, a desigualdade social criada pelo seu governo

31/05/2020

Em sua justificativa pelo fim do isolamento social, o presidente Bolsonaro alega que a manutenção da medida, está fazendo do pobre, miserável e da classe média os novos pobres no país. Que isso não seria colocado em seu colo depois da crise. Mais um dos muitos factoides do presidente sem nenhum dado técnico, alias dados técnicos, mostram exatamente o contrário dessa declaração. Estudos da Fundação Getúlio Vargas, aponta que o quadro da desigualdade social, não tem nada haver com o isolamento social. De acordo com o estudo no ano passado (2019) antes porém do início da pandemia, o país já havia registrava uma crescente desigualdade social e tinha superado o pico histórico observado em 1989. Sob o governo Bolsonaro em 2019 enquanto a renda da metade mais pobre da população caiu cerca de 18%, somente o 1% mais rico teve quase 10% de aumento no poder de compra. O estudo foi publicado pelo Centro de Políticas Sociais da fundação, e avaliou as mudanças nos índices de desigualdade nos últimos sete anos e suas relações com o crescimento, as consequências sobre o bem estar social e a pobreza. O documento aponta que nem mesmo em 1989, que constitui o pico histórico de desigualdade brasileira, houve um movimento de concentração de renda dessa forma. O pobre cada vez mais pobre. O fato é que, é o presidente que está tentando pôr na conta da pandemia, a desigualdade social que seu governo criou. Os dados não são achismo, o estudo baseia-se na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC), do IBGE, e no índice de Gini, medidor global de desigualdade.