As historias inusitadas do PSL

18/07/2020

O PSL, sigla que elegeu o presidente Bolsonaro, passa por um momento difícil na política nacional. Na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), onde o partido tem 15 deputados, o Conselho de Ética expulsou dois deles. O conselho diz que os parlamentares se envolveram em "atividades políticas contrárias ao regime democrático" e infringiram o estatuto do PSL. Eles são Douglas Garcia e Gil Diniz. Os deputados são investigados no inquérito da Fakes News, eles são apontados como operadores de uma máquina de disseminação de notícias falsas, em uma espécie de gabinete do ódio filial Alesp. Em nota Diniz responde "É uma honra ser expulso pelo deputado Júnior Bozzella e sua assessoria, num resultado claramente viciado. Não concordo com a expulsão. Jamais participei de ato antidemocrático nenhum, assim como é mentira que eu tenha sido suspenso em função do inquérito sobre as Fake News. Nós estamos sendo sistematicamente perseguidos pelo partido e isso não é bom para a democracia". Garcia preferiu não emitir nota oficial, se limitando a dizer que sua expulsão é uma "perseguição política". Já no congresso, após a retirada da deputada Joice Hasselmann da liderança do partido, se ensaia uma reaproximação do presidente com a sigla. As especulações entretanto apontam que essa aproximação tem como razão principal, a dificuldade de decolar do Aliança pelo Brasil, partido criado pelo presidente. O deputado Arthur Lira aconselhou ao presidente a ligar para Luciano Bivar presidente do PSL. Desde a crise que levou à saída do presidente da sigla essa foi a primeira vez que ambos se falaram. Bolsonaro chegou a declarar que "apoiador de Bivar estava queimado".