Como já dizia o grande Abelardo Chacrinha Barbosa  "eu vim para confundir e não para explicar"

10/06/2020

O ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, explicou (ou pelo menos tentou explicar) ontem (9) as mudanças de divulgação dos dados da Covid-19. Segundo ele, o governo "buscou números reais" sobre os casos e óbitos em decorrência da covid-19 e "nunca mudou dados". O general disse, também, que o sistema proposto, que entrou no ar no domingo, demorou quase 20 dias para ficar pronto". Será que o ministro quer desacreditar todo o trabalho realizado até agora? Os números nunca serão mudados. Estávamos buscando o número verdade para evitar a subnotificação e não buscar a hiper notificação", afirmou, durante a reunião do Conselho Ministerial. Entretanto no domingo a pasta apresentou dois relatórios distintos sobre a situação, pasta anunciou 1.382 mortes e algumas horas mais tarde, mudou o número para 525, uma redução de 857. Sobre essa diferença Pazuello diz que os dados a partir dessa nova metodologia quer informar os óbitos que acontecem dentro das 24 horas, não há nenhum problema nisto, o que será feito com os números de óbitos de testes represados é que ficou sem definição. Na prática quem morreu a 15 dias no interior do país, e os resultados só chegaram hoje, não entram no relatório de mortes dentro das 24 horas e não entram em nenhum outro lugar. Foi isso que o ministro disse "Quando olhamos no registro, tem a data do óbito. Não tem nada a ver com mudança de números, os óbitos estão registrados. Mas o registro daquele dia não significa que a morte ocorreu naquele dia. Então você vai corrigindo os dados anteriores e aí você vai entendendo a curva. Se nós lançarmos no dia em que a pessoa morreu, temos a curva mais exata. Estávamos buscando os números reais", completou. Se os óbitos confirmados hoje, não entram no cômputo de hoje, como serão incluídos no dia efetivo da morte? Desculpem a minha ignorância, alguém pode me explicar esse método de lançamento.