"Não ficou comprovada existência da campanha" diz PGR

15/04/2020

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta segunda-feira (13/04) que não ficou comprovada a existência da campanha "O Brasil Não Pode Parar", que foi difundida em redes sociais do governo no fim de março para incentivar a reabertura do comércio e pregar o fim de medidas amplas de isolamento tomadas por governos estaduais em meio à pandemia. A interpretação do PGR é equivocada. As peças visuais ficaram no ar nas contas da Secom por três dias e um vídeo da campanha foi amplamente difundido via whatsapp após ser publicado pela família do presidente. Apesar disso o procurador diz que não ficou comprovada a existência da campanha. No entanto houve a contratação que foi classificada como emergencial e, por essa razão sem licitação da agência iComunicação, que cobrou o equivalente a R$ 4,8 milhões (R$4.897.855,00). Mesmo assim para o PGR não existe comprovação da existência da campanha. O material era bem similar ao lançado pelo governo italiano em fevereiro "Milano non si ferma" em tradução simples Milão não para. À época, a Itália toda só contava 17 mortes provocadas pelo coronavírus e 147 infectados, e muitos líderes políticos e empresários vinham criticando medidas drásticas para forçar o isolamento social que foram impostas em um primeiro momento. Coincidentemente apenas um mês depois do material ser exibido, apenas na região da Lombardia, o número de mortes saltou para 5.402. e teve que adotar medidas drástica de isolamento. Felizmente aqui no Brasil o material teve sua veiculação proibida a tempo.