Ministro Celso de Mello classifica depoimento de Paulo Marinho como sigiloso

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello determinou nesta 2ª feira (25) que fique em sigilo o depoimento a ser prestado pelo empresário Paulo Marinho no âmbito do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. O empresário foi ouvido novamente na PF do Rio de Janeiro e reiterou as denúncias de vazamento na operação Furna da Onça, e no atraso nas decisões da investigação para não comprometer o resultado da eleição 2018. Esses atos teriam beneficiado o clã bolsonaro é permitido ações como a demissão do homem de confiança Fabricio Queiroz no gabinete da Alerj e de sua filha da câmara de deputados. O senador Flávio Bolsonaro, chegou a pedir ao Supremo para acompanhar o depoimento de Marinho. A defesa de Flávio afirmou que Marinho já antecipou à imprensa o propósito de tentar de alguma forma incriminar o congressista. A alegação foi contestada pelo Ministro Celso de Mello, que negou o pedido do advogado do senador. Na decisão, o ministro argumentou que Flávio Bolsonaro não é objeto de investigação neste inquérito. E que o sigilo da investigação se aplica a todos, inclusive ao senador. "Sendo assim, e em face das razões expostas, indefiro o pedido deduzido na Petição protocolada, eletronicamente, nesta Suprema Corte", escreveu Celso de Mello. O empresário Paulo Marinho está em uma cruzada para tentar trazer para o país, o aparelho celular do ex ministro Bebianno que segundo ele tem outras comunicações trocadas entre ele (Bebianno) e o presidente acerca da questão. Vamos aguardar.