O que temos de FATO sobre a cloroquina? 

17/05/2020

Um alto funcionário do governo, foi demitido por resistir a pressão do governo para que a cloroquina, fosse aplicada no tratamento de infectados pelo novo coronavírus antes da comprovação em estudos clínicos. Calma! Não estamos falando de Nelson Teich, nem do Brasil. O funcionário é. Rick Bright, o ex-diretor da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado, revelou ter sido demitido por resistir à pressão do presidente Trump, para que a droga fosse aplicada no tratamento de infectados pelo novo coronavírus antes da comprovação em estudos clínicos. Tal como o presidente Bolsonaro, Trump também era ferrenho defensor do medicamento. Sua obsessão em recomendar o remédio pelo menos 50 vezes cessou em meados de abril, quando a FDA, a agência que regula alimentos e medicamentos, alertou para a falta de comprovação de sua eficácia e segurança na prescrição para a Covid-19. Daí, Nicolás Maduro da Venezuela, começou a defender a droga "HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA, juntos, têm uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina", twittou o presidente, em letras maiúsculas, no dia 21 de março. O que temos de FATO é que novos estudos divulgados por respeitadas instituições médicas mostrando os graves riscos de efeitos colaterais da droga acabaram por silenciar seu maior relações-públicas na Casa Branca. Uma pesquisa com veteranos do Exército dos EUA apontou, por exemplo, um índice de letalidade de 28% entre os pacientes da Covid-19 que foram submetidos à hidroxicloroquina, mais do que o dobro em relação aos que receberam o tratamento padrão. Enquanto isso o Dr. Bolsonaro (?) determina um novo protocolo para o uso da substância em brasileiros.