"Fundo Amazônia" é reestruturado sem Ricardo Salles

30/05/2020

Ainda por sua fala indevida o ministro Ricardo Salles foi removido sumariamente pelo vice-presidente Hamilton Mourão da presidência do comitê orientador do Fundo Amazônia. O próprio general é quem assumirá o cargo. O objetivo é tentar reativar as doações da Alemanha e da Noruega para ações ambientais no Brasil. Doações essas, que foram retiradas durante as queimadas no ano passado e pelas declarações do presidente. O Conselho da Amazônia e se reuniu na quinta-feira (28) com os embaixadores dos dois países europeus. De acordo com o vice, o fundo será recriado por decreto. "Convocamos os dois embaixadores, mais o presidente do BNDES [Gustavo Montezano], que é a parte técnica, para apresentar a nossa nova visão da governança do fundo. E a constituição do comitê do Fundo Amazônia, que passa a ser presidido por mim também", disse Mourão, após o encontro com Nils Gunneng (Noruega) e Georg Witschel (Alemanha). Lembrando que segundo dados da Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O desmatamento na floresta Amazônica cresceram 63,75% em abril de 2020, se comparado ao mesmo mês do ano passado, neste ano, já foram emitidos alertas para 405,6 km², enquanto no ano anterior, no mesmo período, foram 247,7 km². "É hora de aproveitar o momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas". Ricardo Salles