Abin alertou o governo do caos que chegava em relação ao coronavírus

06/06/2020

Embora o governo continua teimando em adotar o discurso que legisladores e gestores estão gerando pânico, quando o assunto é a Covid-19. A Abin (Agência Brasileira de Inteligência), alertou ao Palácio do Planalto através de um documento com cerca de 950 páginas envidados entre os dias 27 de abril e 13 de maio. A situação de caos em cemitérios e a falta de espaço para sepultamentos causado pelo coronavírus. Em um trecho do documento a Abin relata "Famílias têm relatado o desaparecimento temporário dos corpos de familiares que morreram na rede pública de saúde. No cemitério público Nossa Senhora Aparecida [de Manaus], a prefeitura informou que os corpos serão enterrados em valas comuns, empilhados três a três". Apesar dos relatórios da inteligência, o presidente prefere continuar acusando aos palavrões, os gestores de estarem fazendo "terrorismo", por abrirem covas coletivas. O que temos presenciado é um governo que a todo instante minimiza a crise e fecha os olhos para a realidade a sua frente. Nossa situação é tão grave, que o presidente do país com maior número de casos, cita o Brasil como um mal exemplo na condução do combate à pandemia. Donald Trump, citou ontem (5) o Brasil como exemplo de país com dificuldades para lidar com a pandemia de coronavírus, ao defender a estratégia adotada por seu governo contra a doença e dizer que agora os EUA devem mudar o foco para se concentrar em proteger grupos de risco e permitir uma maior reabertura da economia. Trump disse "Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades. A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia". O Brasil tem neste momento a maior taxa de aceleração da doença no mundo. O país é o segundo do mundo em número de casos. Não existem desculpas o caos poderia ser evitado, já que se dispunha de relatórios dos serviços de inteligência mostrando a situação.