Ministro anuncia em rede social que auxilio social seria estendido pouco depois apaga postagem

26/06/2020

Normalmente, todos os assuntos que dizem respeito a parte menos favorecida da sociedade, demandam um estudo profundo de causa e efeito, o que não ocorre quando os beneficiados são outros. O ministro da Secretaria de Governo Luiz Eduardo Ramos, publicou em uma rede social a afirmação de que o governo estenderia o auxílio emergencial por mais três meses em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. Não demorou nada em a postagem foi apagada e a pasta justificou que a publicação está incorreta e que o assunto ainda está em discussão no governo. "O governo vai pagar três parcelas adicionais (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300) do auxílio emergencial. A proposta faria o benefício chegar neste ano a pelo menos R$ 229,5 bilhões. Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início, em 2004", escreveu Ramos, no início da manhã desta quinta-feira (25). Enquanto a pasta e o governo estudam o assunto, ninguém mais fala a respeito dos muitos beneficiários que receberam indevidamente o auxílio, entre militares, empresários e até bilionários, nem dos muitos inscritos que ainda não receberam nem uma parcela sequer. Segundo o ministro do TCU, Bruno Dantas, foram identificados nada menos que 12,5 milhões de CPFs acima do levantamento populacional, o que comprova a total deficiência gerencial que vive o país. De acordo com a Receita Federal, no final de abril havia 223,8 milhões de CPFs regulares no país, contra uma população estimada em 211,4 milhões de pessoas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Essa diferença foi classificada por Dantas como uma "irregularidade grave. Uma diferença capaz de causar problemas na proposta de auxílio emergencial e até nas eleições.