A exoneração de Roberto Alvim, nos faz refletir sobre porque os outros não?

21/01/2020

O presidente Bolsonaro foi pressionado por políticos, líderes religiosos, uma comoção nacional. Mas só tomou providências depois que a comunidade judaica também fez pressão, contra a fala nazista do ex secretário de cultura, não teve outra alternativa a não ser exonerar Roberto Alvim. Alvim reeditou um texto do ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels, tentou justificar, culpou assessores (o culpado é o estagiário), mostrou tranquilidade e segurança no cargo pela manhã e à tarde foi dispensado das funções. Ao que parece Alvim se sentiu traído, já que só estava seguindo as orientações ideológicas do novo governo. A exoneração de Alvim mostra o salve-se quem puder, instalado nessa administração federal ( se é que podemos chamar de administração) . O presidente até que tentou, mas foi impossível mantê-lo no cargo. Para o seu lugar o presidente convocou, uma pessoa reconhecida que a priori tem tudo haver com a pasta a atriz Regina Duarte, recebeu um telefonema do próprio presidente convidando-a e ontem (20), aceitou fazer uma experiência. De imediato, essa experiência a obriga abrir mão do contrato que mantém com a Rede Globo. Mas voltando a Alvim, esse deve ter se pensado " sou só eu... e os outros" ? O fascínio nazista ronda todo os corredores do governo. Alvim foi sumariamente demitido, mas o ministro trapalhão Abraham Weintraub, também já parafraseou frases nazistas, sem que sequer uma linha tenha sido dita. Parece que ninguém dá a mínima para o que fala o ministro. Levando em conta que ele escreve mal, vide os erros grosseiros de seus posts, quando tenta fazer alguma demonstração matemática, mostra que fugiu das aulas de porcentagem e cita de forma escandalosa autores nazista. É uma hipótese bastante provável.