Se agora ta difícil, imagina com as reformas

24/01/2020

Nós já falamos em várias oportunidades, que a principal falha do governo Bolsonaro é gastar tempo e esforços com coisas menores, enquanto o Brasil de brasileiros que precisam do governo sofrem. Essa reportagem vem de Porto Velho RO. Uma ex sinaleira trabalhava em uma das usinas de Porto Velho e, de uma hora pra outra, passou a sentir dores fortes no estômago, depois de idas e vindas a vários serviços de emergência médica, foi diagnosticada com gastrite, um novo exame suspeitou-se ser Helicobacter pylori, uma bactéria que aparece na mucosa do estômago, e outro apresentou um problema de vesícula. Como as dores não paravam a mulher pediu para ser internada pronto socorro do Hospital João Paulo II, lá os médicos decidiram operá-la, Após a cirurgia ela entrou em coma, teve infecção generalizada e os membros foram necrosando. Quando acordou não tinha mais os membros inferiores e superiores. "Quando eu acordei eu já estava assim [amputada]. Abriram tudo em mim, mas eu não vi nada. Só lembro de entrar na sala de cirurgia", diz. Esta mulher chama-se Cleomar e ao acordar da cirurgia tinha perdido os membros superiores e inferiores. Sem condições de voltar a trabalhar é óbvio, Cleomar deu entrada no pedido de aposentadoria. Foram três pedidos ao INSS em 2019, mas pasmem, todas as solicitações foram negadas. Agora olhe essa narrativa de Cleomar para a primeira negativa "quando fui ao posto do INSS, Uma servidora puxou os papéis e perguntou: 'quem vai assinar? Você assina?'. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A mulher então olhou e disse: 'ah, então não vale'. Daí ela pegou, rasurou o papel e jogou fora". O segundo pedido foi indeferido porque de acordo com as normas do INSS, ela teria uma renda per capita familiar superior a 1/4 do salário mínimo, ou seja, uma média de R$ 238,50. Em um terceiro requerimento, a ex-sinaleira teve a solicitação de benefício indeferida porque o INSS alegou "falta do período de carência. A filha de Cleomar foi informada que deveria fazer as devidas alterações da composição do grupo e também da renda da família junto ao "CADUNICO". Feito isso deveria dar entrada em novo requerimento (o quarto) benefício. Seria cômico se não fosse trágico. Cleomar terá que apresentar um novo requerimento, reiniciando todo o processo. Basta um simples olhar para perceber sua necessidade irreversível do benefício e deferi-lo. E olha que não sou perito.