Aparelhamento ideológico da FUNAI e denunciado

26/01/2020

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI), órgão do governo federal que deveria cuidar dos interesse da população indígena no país , desde a posse de Marcelo Augusto Xavier, sem sofrendo um esvaziamento e um aparelhamento ideológico, denuncia o subprocurador-geral da República, Antônio Carlos Bigonha. Para Bigonha, Marcelo não se interessa pela política que era tocada pela Funai antes de assumir, o general Franklimberg de Freitas tinha sua "visão própria" da questão indígena, mas ainda assim era afinado com a agenda da Funai. E por causa disso foi exonerado por Bolsonaro a pedido do chefe da milícia rural. O presidente Bolsonaro, que já declarou várias vezes que é a favor da exploração mineral e de plantio de soja em terras indígenas, tentou por duas vezes colocar a Funai dentro do Ministério da Agricultura. A primeira foi barrada pelo Congresso Nacional, a segunda pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na quinta-feira (23), ele declarou que os índios "estão evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós". Essa declaração já rendeu um representação judicial da comunidade indígena contra ele. Ele disse que quer que os indígenas sejam, cada vez mais, donos de suas terras. Suas intenções na realidade sempre foram outras, desde o episódio em que tentou empurrar goela abaixo seu filho para a embaixada dos EUA, ele declarou que precisava de alguém de confiança para procurar "'o primeiro mundo' para explorar" minério nas terras indígenas. Servidores (muitos já demitidos) e indigenistas da Funai afirmam que, com Marcelo Xavier, predominam no órgão os interesses de ruralistas, garimpeiros e caçadores por territórios indígenas espalhados pelo país, o que é perceptível em razão da crescente escalada da violência contra os indígenas. Essa está sendo a nova ideologia do país.