Brasil pode perder seu 4º maior comprador internacional de alimentos

04/02/2020

Quando do ataque americano que matou o general Qassim Suleimani em Bagdá, a maioria dos assessores militares do governo recomendou que ele se mantivesse neutro sobre o assunto. O presidente porém, preferiu mostrar o alinhamento do seu governo com o EUA. Agora como já havíamos previsto, essa posição pode trazer sérios prejuízos a nossa economia do país, que já não anda bem das pernas. Empresários argentinos viram uma grande oportunidade na situação e já articulam uma viagem ao Irã com o objetivo de estreitar as relações com o país persa. O Irã é o quarto maior importador de alimentos do Brasil, com gastos de US$ 2,2 bilhões (R$ 9,4 bilhões) em 2019. Cinco produtos se destacam nas compras iranianas: milho, soja, farelo de soja, carne bovina e açúcar. A Argentina conseguiria substituir o Brasil nesse fornecimento, com exceção do açúcar, que os iranianos pretendem buscar na Índia. Certamente sozinha teria dificuldades, mas a missão comercial da Argentina com o Irã está sendo coordenada pelo Bripaem, um bloco formado por sete países da América do Sul. O secretário de relações exteriores do bloco Edemir Schornen Bozeski, confirmou que o objetivo e fomentar as relações comerciais do Irã com todos os países do grupo (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai).

Agencia Reuters