Estudo americano diz que excesso álcool mata mais que overdose de drogas 

25/02/2020

Um dado norte americano, serve muito bem para refletir uma realidade nacional. Nos Estados Unidos, o álcool causa hoje mais mortes do que as drogas: é o que revela um estudo publicado sobre alcoolismo, que informa que o número de mortes provocadas pelo abuso do álcool mais que dobrou entre 1999 e 2017, passando de 36 mil a quase 73 mil. Esse número significa que há mais mortos pelo uso de álcool do que mortos por overdose de drogas: em 2017, quando a "epidemia de opiáceos" no país chegou ao seu máximo, os mortos chegaram a 70 mil. Em 2017, 2,6% dos cidadãos norte-americanos maiores de 16 anos teria morrido por causa do álcool, contra 1,5% em 1999. A ponta de esperança está no fato que segundo estudiosos no assunto, o elevado número de óbitos por excesso de álcool está na geração chamada "filhos do baby boom", os nascidos entre 1946/1964. Enquanto felizmente a geração dos nascidos no novo milênio mostra um crescente desinteresse no consumo da substância, estes estão mais interessados com a saúde. Mesmo assim, um fato importante levado em conta em uma pesquisa do National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA), é que mesmo com a diminuição do interesse na substância, o que tem aumentado é a quantidade de álcool ingerida, especialmente pelas mulheres "parece que a emancipação feminina implica que beber como um homem seja um ato liberatório", diz a pesquisadora Patrícia Powell, vice-diretora do Instituto.