De acordo com a tendencia nacional juizforano paga mais caro pela carne bovina

04/12/2019

De acordo com especialistas de mercado e uma pesquisa da Cesta Básica Regional, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), o consumidor juizforano já está pagando em média 19,2% mais caro no quilo da carne. Esse aumento segue uma tendência nacional, em razão da alta da exportação do produto, especialmente para China. Com o aumento do atacado, o varejo também é afetado, de acordo com o levantamento da Sedeta, no dia 14 de novembro, o preço médio do quilo da carne de segunda era de R$ 15,37 em Juiz de Fora. Este valor subiu para R$ 18,68 na pesquisa seguinte, divulgada em 21 de novembro. O mês fechou com o produto custando, em média, R$ 18,32, no dia 28. Já na carne de primeira a variação também é fácil de ser notada enquanto no dia 14 os quilos da alcatra e do contrafilé estavam custando, em média, R$ 27,99, por exemplo, os valores saltaram para R$ 33,56 e R$ 32,17, respectivamente, na sondagem realizada na semana seguinte, Engana-se porém quem acredita que a solução é optar por outros produtos, isso porque ao passo que a população passar a consumir outros produtos, os valores das substituições tendem a subir também, segundo o gerente do Açougue Jurema, Wilton de Lima. "O consumidor deixa, às vezes, de comer uma carne vermelha, opta por uma carne branca, e aí começa a aumentar a demanda, consequentemente, vai aumentar também [o preço] dos outros alimentos." É o que também defende Rafael Viana, gerente do Açougue Mister Carnes Boulevard, "Na economia, o movimento é cíclico. Quando o preço de uma mercadoria sobe, a tendência é puxar os outros", explica. "O consumidor vai trocando os produtos, e aí um vai puxando o outro. Diminuiu a demanda de carne bovina, aumenta a da carne suína, e o mercado vai se regulando." Todos esses fatores ocorrendo próximos as festas de fim de ano agrava ainda mais a situação, já que uma alta de 10% já era esperada. Uma pesquisa da BoiSCOT Consultoria, declara que a cotação tem subido uma média de 8,9% por semana. Não há uma previsão de queda, na opinião de economistas, ainda vai levar uns meses para o mercado encontrar um equilíbrio. A própria ministra da Agricultura Tereza Cristina chegou a dizer que o equilíbrio não significaria retornar ao patamar anterior.