Mesmo sem saber quantidade exata governo diz que mancha esta controlada.

08/12/2019

No dia 30 de agosto a cidade de Conde a 30 Km de João Pessoa, capital da Paraíba amanheceu com as praias de Jacumã e Tambaba, manchadas de uma espessa camada de óleo. Ali teve início ao que o Ibama está chamando de maior desastre ambiental em extensão da história do Brasil. Hoje (8) completam 100 dias desse desastre, a mancha já viajou vários quilômetros de costa e mas de 5000 toneladas de óleo já foram removidos. Primeiros foram os voluntários, depois funcionários das prefeituras e por homens das forças armadas. Durante esse período seis navios foram acusados de suspeitos de terem vazado o óleo durante uma transferência de petróleo de um navio para outro feita em alto mar. Uma prática comum, principalmente entre navios piratas. Diante de todas as acusações refutadas por documentos oficiais, pelas empresas responsáveis pelas embarcações, os investigadores mudaram o foco das investigações e passaram a dizer que a mancha veio de um navio naufragado ou talvez quem sabe de um poço de petróleo desativado no oceano. Uma Comissão do Senado Federal foi criada para acompanhar as investigações. Os congressistas querem acompanhar de perto as ações do governo, tanto na limpeza e controle ambiental do desastre como na apuração de responsabilidades. Para o Presidente da Comissão Externa sobre o Óleo no Nordeste do Senado Federal, Fabiano Contarato, o governo cometeu erros e omissões que tornam difícil identificar um responsável pelo material é tudo muito nebuloso. O fato é, em razão das muitas acusações sem provas (o que é comum desse governo), as empresas podem pedir indenizações à justiça. Segundo o advogado Fernando Luis Carvalho Dantas, os anúncios só deveriam ser feitos somente após provas mais robustas de suspeição de qualquer embarcação. "Quem vai responder por isso é o Estado Brasileiro, que pode ser onerado com uma ação judicial bilionária, por apontar suspeitos antes do esgotamento total da pesquisa e o final do inquérito", afirma Dantas. 100 dias estão se passando e de acordo com o governo federal o avanço da mancha de óleo na costa brasileira está controlado e que, a partir do final de dezembro, haverá uma desmobilização da frota nacional da Marinha Brasileira. Mais uma afirmação difícil de acreditar, pois de acordo com fontes do próprio governo ainda não foi possível determinar a quantidade de óleo submerso em todo litoral. E a pergunta é, se não se sabe a quantidade real, como afirmar que esta controlada? Esperamos sinceramente que esse desastre esteja sobre controle, principalmente com a chegada de nosso verão, tão aguardado por turistas do mundo inteiro.