Mas um ataque orquestrado?  

10/12/2019

Se fossemos adeptos a teoria da conspiração, poderíamos dizer que o governo está montando um grande esquema de extermínio. Primeiro ele remove radares e lombadas eletrônicas das rodovias; depois desobriga o uso das cadeirinhas e dos faróis acesos durante o dia. Tudo isso contrariando a pesquisas gabaritadas que provam a eficácia de todos os itens. Agora um novo ataque, dados oficiais mostram que de janeiro a outubro deste ano (2019), a embriaguez ao volante provocou quase 4,5 mil acidentes; 265 pessoas morreram e 1.187 ficaram feridas com gravidade. Um cenário desanimador e sem dúvida trágico. Há quase cinco anos (em 2015), uma portaria determinava que um estabelecimento para ser reconhecido ponto oficial de parada e descanso de caminhões e ônibus, precisava se cadastrar no governo, e deveria cumprir uma série de exigências. uma delas, não servir nem permitir o consumo de bebidas alcoólicas no local. Como o governo e o ministério de Infraestrutura não consegue fiscalizar, nem mesmo determinar o número de pontos existentes, eles novamente ao invés de arrancar a fruta ruim, preferem arrancar a árvore. Uma portaria (mais uma canetada) publicada no dia 2 de dezembro que já está em vigor, revoga a outra portaria, de 2015, liberando que pontos de descanso de caminhoneiros ofereçam bebidas alcoólicas, quando estiverem em perímetro urbano. Essa questão já foi pauta de reportagens. Alguns pontos estão localizados em plenas rodovia, mas seus documentos consta com endereço urbano. O governo nega que a revogação esteja "permitindo venda de álcool para caminhoneiros e motoristas de ônibus". Mas para Adriana Modesto, especialista em segurança viária, cria uma brecha. Se essa brecha está na facilitação do acesso ao álcool, então, está se criando condições adequadas para que o acidente em tese ocorra", avaliou. E isso é um crime. Só para nos ligarmos na gravidade desse ato, vamos repetir os números 4,5 mil acidentes; 265 pessoas morreram e 1.187 ficaram feridas com gravidade.