Enquanto mancha de oleo avança no nordeste ministro curte sol no litoral sudeste

05/11/2019
Foto Divulgação/Arquivo Epoca
Foto Divulgação/Arquivo Epoca

O navio Bouboulina, da petroleira grega Delta Tanker foi apontado pelas investigações da Polícia Federal, como o principal suspeito de ter derramado o óleo que polui desde agosto o litoral do Nordeste. Durante a Operação Mácula, um relatório da Empresa HEX Tecnologias Especiais, fez o cruzamento de dados de satélite e o cruzamento com softwares de monitoramento de navios e chegou ao Bouboulina. Depois de sair da Venezuela e trafegar sempre com seu sistema de localização ativo, o navio Bouboulina passou a oeste da Paraíba em 28 de julho. As investigações do governo brasileiro apontam que a primeira mancha no oceano foi registrada em 29 de julho, a 733 km da costa da Paraíba. As primeiras praias do país afetadas foram no município paraibano de Conde em 30 de agosto. "Nós temos a prova da materialidade e indícios suficientes de autoria. O que nos falta são as circunstâncias desse crime, se é doloso, se é culposo, se foi um descarte ou vazamento" - Agostinho Cascardo, delegado da PF no Rio Grande do Norte. Entretanto a Delta Tanker declara ter documentos que atestam que sua embarcação não está envolvida, mas até o momento ninguém pediu para vê-los", disse a empresa. Estão apresentando uma denúncia que pode causar danos a imagem da empresa, para os quais buscam respostas legais para como proceder. A empresa afirmou que fez uma "pesquisa completa do material nas câmeras e sensores que todos os seus navios carregam como parte de suas políticas de segurança e ambientais. Enquanto o cabo de guerra entre os órgãos do governo e a Delta segue, o óleo chega ao Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no sul da Bahia e pescadores e marisqueiras se unem para evitar maiores danos. O ministro Ricardo Salles, toma sol tranquilamente na praia da Baleia em São Sebastião, litoral paulista.