Estudos desmente teoria da conspiração de Eduardo Bolsonaro

28/03/2020

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, mais uma vez ataca gratuitamente a China, dias após seu pai e presidente da república Jair Bolsonaro conseguir remediar uma situação também criada por ele. O deputado continua a responsabilizar a China e seu regime comunista pelo avanço da pandemia. Alguns defensores da teoria da conspiração chegam a dizer que o vírus foi desenvolvido em laboratório, como uma arma biológica. Cientistas dos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália se reuniram para realizar um estudo que certamente irá contribuir nessa questão. Pelo menos para que valoriza a ciência e a tecnologia mundial. O estudo foi publicado na na revista científica Nature Medicine, na terça-feira (17) e conclui que que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) foi originado naturalmente, através de seleção natural, e não em um laboratório, como dizem algumas teorias da conspiração que circularam recentemente. "Nossas análises claramente mostram que o SARS-CoV-2 não é uma construção de laboratório ou um vírus manipulado propositalmente", diz o artigo. O estudo tem por base duas características distintas. A primeira é que a ciência ainda não consegue criar no inexistente, ou seja ela consegue replicar, transformar ou modificar, mais a estrutura central do coronavírus e distinta de qualquer outro vírus, além disso cientistas brasileiros já comprovaram a mutação do coronavírus, o que não ocorreria em organismo já modificado geneticamente. A segunda novidade deste coronavírus é o seu domínio de ligação ao receptor (RBD, na sigla em inglês). Ele tem alta afinidade com as células receptoras humanas, assim como células de gatos, furões e outras espécies. Ou seja, sua transmissão é altamente eficiente. Em outras palavras o novo coronavírus ganhou a capacidade de se conectar facilmente com o corpo do seu hospedeiro. O estudo é assinado por Kristian G. Andersen (Scripps Research Institute, Estados Unidos), Andrew Rambaut (Universidade de Edinburgh, Reino Unido) W. Ian Lipkin (Universidade Columbia, Estados Unidos), Edward C. Holmes (Universidade de Sidney, Austrália) e Robert F. Garry (Universidade Tulane, Estados Unidos). Importantes cientistas, certamente muitos achistas de plantão vão questionar os resultados.