Chefe da Secom e convocado a depor no Senado Federal era tudo que ele NÃO queria

O que Fabio Wajngarten, Especial de Comunicação Social da Presidência temia, aconteceu. O secretário terá que prestar depoimento no senado sobre as suspeitas de conflito de interesses envolvendo a empresa da qual é sócio e o cargo dele no Executivo. A empresa que Wajngarten tem participação majoritária, recebe dinheiro de emissoras de TV e agências de publicidade que mantêm contratos com o governo Federal, dinheiro que é controlado pela pasta que ele comanda. A convocação é de autoria do senador Randolfe Rodrigues. Lembrando que o secretário não está sendo convidado, o que lhe permitiria deixar de ir. Ele está sendo convocado e caso não compareça, Wajngarten pode incorrer em crime de responsabilidade. O conflito de interesse se caracteriza quando o funcionário tenha relacionamento comercial com prestadores de serviço, que possam ser afetados pela área que comanda. No mês passado a Comissão de Ética da presidência entendeu que gerir em sua pasta o dinheiro que é gasto com propaganda e publicidade e ter contratos não caracteriza conflito de interesse e arquivou a denúncia contra o secretário. Agora os senadores querem ouvir explicações do chefe da Secom. Outros membros do governo deverão ser ouvidos pela Comissão de Transparência. Abraham Weintraub, para ainda falar sobre os erros de correção do Enem; Onix Lorenzoni , para esclarecer a situação da fila de espera do Bolsa Família e a redução do número de famílias beneficiadas, bem como a baixa atenção ao Norte e Nordeste. Estes estão sendo nesse primeiro momento convidados. Já o ministro da Saúde Luiz Mandetta será convocado a explicar a extinção do Nasf (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica). Ele também deverá estar presente em uma das sete audiências públicas que a Comissão irá realizar. A que visa discutir as medidas "já adotadas e a serem adotadas" para evitar a difusão do novo coronavírus no Brasil. Serão convidados além do ministro Luiz Mandetta, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).