A lamentável MP Verde e Amarela que desvaloriza a habilitação profissional

12/01/2020

Aconteceu comigo e certamente com vários outros colegas, a busca incansável pelo registro profissional, que nos diferenciaria dos demais profissionais. Era para nós um motivo de orgulho. Agora através de uma medida provisória que ficou conhecida como Medida Provisória (MP) do contrato Verde e Amarelo, a obrigatoriedade do registro está sendo extinta. Foram 13 profissões escolhidas sem critério algum, que não terão mais os seus registros emitidos. A MP colocou no mesmo pacote, corretor de seguros, agenciador de propaganda, arquivista e técnico em arquivo, secretário, sem a intenção de desmerecer nenhuma dessas atividades, equiparando-as a jornalista, radialista, atuário, sociólogo, músico, estatístico. O texto ainda está em discussão no congresso que promete derrubar a MP, mas as superintendências Regionais do Trabalho já deixaram de emitir o registro, e funcionários do Ministério do Trabalho estão sendo orientados, sob pena de exoneração, a não efetuar o registro. Entretanto no caso específico do jornalismo, muitas empresas continuam a exigir o registro profissional do candidato para sua admissão. O que é completamente plausível, você entregaria a direção de seu carro para uma pessoa que mesmo que soubesse dirigir bem, não fosse habilitado? Responda com a razão. De autoria da presidência da República, a MP já recebeu mais de 1.900 emendas no congresso. As discussões devem ser retomadas em fevereiro. Além disso, o texto é alvo de quatro ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. O presidente é um militar de segunda linha, mas conhece um pouco de estratégia. Com essa MP ele pretende sem dúvida enfraquecer a profissão que é uma pedra no sapato de todos os maus políticos, alem de remover direitos trabalhistas sobre a desculpa de geração de emprego. é lamentável