Ministro sem Educação, rasga a constituição na lata dos estudantes e de todo povo brasileiro

28/01/2020

Embora o ministro mantenha o discurso de que todas as notas incompatíveis do Enem foram revisados, um fato inusitado marcou esse final de semana. Mesmo com todas as muitas ações judiciais pedindo novas análises das notas o MEC seguia mantendo o calendário, domingo (26), foi o último dia para a inscrição no Sisu. Entretanto, no sábado (25) um homem identificado como Carlos Santana, que nas redes sociais se mostra alinhado ao governo Bolsonaro fez uma postagem e marcou o perfil do ministro da educação nele o indivíduo dizia " Ministro, minha filha tem certeza que a prova do Enem dela não teve a correção adequada e que ela foi prejudicada. E agora? a Inês é morta? o Sisu encerra amanhã (domingo 26) ele termina deixando o número de inscrição da filha no Enem. Cerca de uma hora depois pelo mesmo twitter o ministro respondia, que havia encaminhado o print da mensagem a uma pessoa registrada em seus contatos como Alê, que se confirmou posteriormente tratar-se de Alexandre Lopes, presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Em resposta, Ale diz " Ministro, a participante teve a prova corrigida corretamente. Tudo confere. Fez a prova em Ribeirão Preto/SP. Conferido com a aplicadora. Não houve erros de associação no caso dela". Weintraub, responde ao apoiador no Twitter, postando o print com a resposta de Ale, precedida da seguinte frase "Caro Carlos veja a resposta abaixo. Abraço". A atenção do ministro merece aplausos com certeza, mas a seletividade, contraria o bom senso.Para a Defensoria Pública da União (DPU) o ministro da Educação, Abraham Weintraub, cometeu "seríssima ofensa ao princípio da impessoalidade" ao revisar a nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de uma estudante, após pedido do pai dela feito pelo Twitter. O Defensor público João Paulo Dorini, lembrou que ue a impessoalidade é um pilar da administração pública, previsto na Constituição Federal. Constituição que é rasgada todos os dias por membros desse governo. Na noite de domingo, a Advocacia-Geral da União (AGU), apresentou no TRF3 um pedido, para contra liminar da Vara Cível Federal de São Paulo que determinava a suspensão da divulgação do resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições no sistema terminaram no domingo (26) e a expectativa do governo era de anunciar os resultados hoje (28). Entretanto a presidenta do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Therezinha Cazerta, rejeitou na noite do próprio domingo (26) pedido. Mantendo a validade da liminar. A AGU, ainda estuda se vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF). E o melhor Enem dos últimos tempos segundo o ministro Abraham Weintraub, segue sem resultados