Números das queimadas só cresce no país

03/07/2020

Em junho, o número de focos de incêndio florestal na amazônia do Brasil, cresceu 20% atingindo os número mais alto dos últimos 13 anos para o mês. Os dados são do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que no início do ano passado foi muito questionado pelo presidente e levou a demissão do presidente do órgão. Os pesquisadores temem que esses números sinalizam um dejavu do que ocorreu em 2019. O que pode ser ainda pior, em junho de 2019 o Inpe detectou 1.880 focos, agora em 2020 foram 2.248. Philip Fearnside, ecologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) disse que, o que mais preocupa nesse momento, é o desmatamento crescente na região, principalmente em razão do enfraquecimento da vigilância e a flexibilização das leis ambientais. Esse preocupação é ainda mais relevante porque, pode ser a causa do aumento das queimadas. Fearnside esclarece que os focos de incêndio e as queimadas normalmente são usados para liberar a terra depois que as árvores foram cortadas. Outra preocupação do momento tem a ver com a saúde pública, especialistas temem que a fumaça que muitas vezes recobre a região durante a estação seca, e provoca problemas respiratórios, possa ampliar as complicações para pacientes com Covid-19. Mesmo com o envio das FFAA, pelo governo federal em maio, o desmatamento cresceu 12% na comparação com um ano passado e aumentou ainda mais em junho. Isso é um mal sinal, que já traz reflexo para a balança comercial do país, já que muitos países já ensaiam boicotes aos produtos nacionais em razão da falta de uma política séria de preservação ao meio ambiente.