Punir apressadamente uma empresa de 11 anos de atividade que goza da confiança de seus usuários e parentes é  no minimo temerário 

28/06/2020

A Polícia Civil concluiu, na sexta-feira (26), o inquérito aberto para apurar as mortes por Covid-19 de sete idosos que residiam na instituição de longa permanência para idosos (ILPI) do Bairro Santa Teresa, na Zona Sudeste de Juiz de Fora. Residencial Geriátrico de Apoio à Pessoa Idosa (Regapi). De acordo com Rodrigo Massau delegado responsável pelas investigações, Um único cuidador é suspeito de ser o possível transmissor do coronavírus, já a instituição teria sido negligente com a situação, ambos acabaram indiciados por homicídio culposo, quando não há intenção.Pode sim ter havido negligência da Regapi, mas também existe o fato de que nenhuma instituição estava preparada para enfrentar as pandemia. Todos os órgãos de saúde estão perdidos e de acordo com a direção da Regapi "Não existe uma norma técnica que diz que devemos afastar funcionários que trabalham em hospitais. Com seus 11 anos, a Regapi vai tomar todas as providências cabíveis em relação a essa possível negligência". Tentar imputar a instituição essa culpa é no mínimo apressado, já que a empresa responsável possui todas as autorizações legais para funcionar, tem boa reputação junto aos familiares das vítimas e adota todas as diretrizes impostas pelos órgãos de saúde para fins de prevenção ao contágio por COVID-19. Lembrando que o subsecretário de Vigilância em Saúde de Juiz de Fora, Ivander Mattos Vieira se reuniu em meados de março, com representantes das 22 ILPIs da cidade. A ação foi realizada em parceria com o Ministério Público (MP), com o objetivo de orientar sobre o manejo adequado dos idosos, se fosse necessário em algum momento, como o isolamento de casos suspeitos e/ou confirmados dentro da unidade e a verificação da possibilidade da recondução do morador com sintomas para a família, em caráter provisório. Além disso, segundo ele, as ILPIs foram orientadas a afastar do trabalho os profissionais que apresentassem sintomas da Covid-19. Medidas que segundo a representante da Regapi foram rigorosamente seguidas. Procurada pela equipe do periódico local Tribuna a instituição emitiu uma nota que diz perplexa, "diante da injusta tentativa por parte da autoridade policial de responsabilização criminal por fatos que extrapolam qualquer atribuição dos responsáveis, em verdadeira tentaria de incriminação sem justa causa, tendo sido adotadas todas as diretrizes impostas pelos órgãos de saúde para fins de prevenção ao contágio por COVID-19". A representante, conclui ter plena convicção de que, "uma vez enviado o inquérito no Ministério Público, terá seu arquivamento determinado como medida de inteira justiça".