Secretário de Vigilância em Saúde diz que pandemia esta em um 'platô'

03/07/2020

O Brasil iniciou o segundo semestre do ano, cruzando a marca de 60 mil mortes por Covid-19, mantendo o título do país com a mais severa ação da epidemia no planeta. Em uma tentativa ridícula de explicar a situação do país frente ao mundo o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, afirmou que, apesar de o número de mortes por dia ser elevado, o país, segundo ele, teria atingido um nível estável. "O número de óbitos, que é a fase mais triste dessa doença, tem se mantido relativamente em um platô. Embora elevado, mas em platô", afirmou. Estar em um platô significa que os números não estão subindo, o país se mantém na média, mas também não registra queda. O que em outros países foi chamado de pico, que logo após apresentou um ritmo de queda, no Brasil é um platô que já dura cerca de um mês. Na comparação internacional, o único país onde a taxa de crescimento da epidemia é comparável à do Brasil agora é a Índia, que tem 400 mortes por dia em média, e não para de crescer. A diferença é que o país com a segunda maior população do mundo está num momento mais precoce da epidemia, e o peso relativo da epidemia é baixo ali: 13 mortes por milhão de habitantes. No Brasil, a parcela já supera 280 por milhão, a quinta maior do mundo entre os dez países com maior dimensão da epidemia. E o que vemos é que o país continua sem ministro da saúde e a crise continua sem uma gestão eficaz e centralizada. Em um momento de crise sanitária como a que vive o mundo, o presidente prioriza a pasta da Educação (não que não seja importantes) em detrimento da Saúde, parece um tanto incoerente. Resta saber até quando.

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