Coro dos insatisfeitos com o presidente cresce a cada dia

24/12/2019

 O que alguns chamam de traição, outros chamam de coerência. Temos valores em nossa vida e deles não podemos abrir mão. O ator Carlos Vereza defensor incondicional do presidente é mais um que pode abandonar o barco dos apoiadores do governo. Quem defende a educação e a cultura não pode aceitar passivamente os ataques do governos nessas áreas. Vereza declarou, "Se Bolsonaro terminar com a TV Escola, não tenho como manter meu apoio". Ele, que apresenta o programa 'Plano Sequência', da emissora. Ele acrescenta "['Plano Sequência'] seria o único acontecimento cultural de peso da administração dele, que até agora não fez nada na cultura, salvo a medida de Roberto Alvim de aumentar o teto de captação [da Lei Rouanet] para musicais", diz Vereza, que espera que Bolsonaro reveja a decisão. Isso vindo de um aliado de peso, mostra o descompasso com que segue o governo, que teima em tentar mostrar que está no caminho certo. Isso com várias declarações equivocadas, acusações sem provas e um festival de fakes news. O presidente tentou tirar a responsabilidade da mancha de óleo nas praias do nordeste, culpando quase todo o mundo, três navios cargueiros em rota no Brasil, o Greenpeace e até a Venezuela foram acusados. Até hoje as investigações não levaram a nada, a não ser ao fato de que houve sim, uma demora nas ações que poderiam ter minimizado as consequências do derrame. Outra situação foi que mesmo com dados sólidos e confiáveis que mostravam um crescimento nos índices de queimadas na região amazônica o presidente preferiu demitir o então presidente do Inpe Ricardo Galvão, que recentemente foi reconhecido o cientista mais importante de 2019 pela Revista Nature, e culpou o MTS, culpou as Ongs e por fim acusou do ator americano Leonardo DiCaprio de financiar o fogo. Em 2020 o presidente tem uma nova oportunidade de orgulhar aos seus eleitores, muitos já decepcionados com seu voto. Isso é o que todos esperamos. Nós torcemos pelo Brasil.