„Para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada.“

03/01/2020

Assisti ao vídeo do suspeito do atentado contra a produtora do Porta dos Fundos e nunca vi tanta bobagem dita em tão pouco tempo de live, foram pouco mais de sete minutos de gravação. Quero deixar claro que não sou fã das esquetes do Porta dos Fundos nem de suas tiras de humor na internet. Mais também não posso aceitar quando alguém tenta usar das palavras de Jesus para justificar atos de violência. Foi exatamente isso que em sete minutos o tal Eduardo Fauzi tentou fazer. Quem constituiu este cidadão advogado de Jesus, pois sua live, mais parecia as considerações de um defensor em um tribunal do júri, tentando a todo custo criminalizar os atos da trupe. Eles o Porta dos Fundos, não são inocentes, pois sabem perfeitamente que em busca de uma audiência, agrediram a fé de muitas pessoas. Eles nem precisam acreditar em Jesus, frequentemente declararam isso, e tem esse direito. Entretanto por mais que muitos juristas queiram negar, e usam argumentos bastante parecidos com os do Eduardo Fauzi. O grupo comete sim, crime de vilipêndio conforme Art 208 CP. Decreto Lei 2448/40 quando praticam esse ato. Mas voltando ao senhor Eduardo Fauzi, em seu vídeo ele até parece um pastor no púlpito, defendo ardorosamente o nome de Cristo. Se investindo como dono de uma moralidade questionável, travestindo sua intolerância em crença, um lobo em pele de cordeiro. Ele é mais um daqueles que, todas as vezes que são questionados ou contrariados, vociferam e partem para a ignorância e agressão no caso desse cidadão, chegando a ser físicas. Seu discurso desconexo fala de Cristo e de esquerda política na mesma frase e segue falando muito e não dizendo nada. O que mais assusta são as autoridades se calarem quando deveriam se pronunciar. Quando deveriam se indignar e mostrar sua indignação. Os índios no Maranhão, os Jovens na comunidade em São Paulo, a menina Agatha no Rio de Janeiro e o ataque terrorista na produtora e nem uma palavra das autoridades se dizendo contrária aos atos. Como diz o velho ditado "quem cala... consenti" o governo está implicitamente dando seu aval, seu apoio. Enquanto essas vidas e patrimônios não merecem nem uma linha de repúdio. O presidente fala do ato contra a estátua da Havan. Quanto vale os recursos do véio.