Sem poderio bélico, sem opinião

04/01/2020

Todos os conselheiros militares do presidente foram unânimes no sentido de que ele permaneça neutro e se possível calado, no episódio do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, por forças americanas sob ordens do presidente Trump. Entretanto como sempre acontece, ele perde as oportunidade de ficar calado. Em uma declaração ao programa do apresentador José Luiz Datena, na TV Band, que agora mas parece uma rede social para suas lives. O presidente declara em tom de conselho para que o Irã "Tem que ver o potencial bélico e militar do Irã, acho muito difícil, pode até haver, mas seria uma operação quase suicida", declarou. Não existem espaços nas declarações do nosso presidente, onde ele fale de diplomacia ou discussão pacífica. Ele se mostrou reticente com as palavras e disse "Tenho que tomar cuidado com as palavras. Eu, como chefe de estado, o que porventura falar para você, Datena, pode até ser manchete no dia seguinte. Nós queremos paz, mas uma velha máxima no meio militar diz que quem quer paz tem que se preparar para a guerra", disse. A frase é um antigo provérbio romano do autor latino Publius Flavius Vegetius Renatus. "Si vis pacem, para bellum" ou "Se queres a paz, prepara-te para a guerra". Ele declarou, eu não tenho "poderio bélico" para dar opinião. "Eu não tenho o poderio bélico que o americano tem para opinar neste momento. Se tivesse, eu opinava" e concluiu Acredito que nós devemos ter umas Forças Armadas melhor preparada belicamente e material para os próximos anos", completou. Estamos iniciando 2020, montando um novo círculo do ódio. É preciso rompê-lo.