Interlocução com o público interno esta dificultado pela devastação da Amazônia 

17/07/2020

O ex-presidente da Fiesp, fundação que agrega as indústrias do estado de São Paulo, Horacio Lafer Piva da Klabin, comentou em entrevista ao jornal Valor que, "[O desmatamento] Afeta não só o dia a dia das empresas, como inclusive o rating [notas de risco de crédito] desses grupos que, de alguma forma, contam com investimentos e financiamentos de agentes internacionais, hoje muito mais ativos na questão do meio ambiente e da sustentabilidade". Por 14 meses consecutivos, o país bate recordes de desmatamento da Amazônia, que coloca o ministro Ricardo Salles com uma batata quente nas mãos e de acordo com um especialistas em meio ambiente, ao que tudo indica a sua saída passou de "se" para o "quando". O advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro, fundador e primeiro presidente da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e integrante do grupo de transição reunido por Bolsonaro logo após a sua eleição, disse que " Não é apenas uma ação organizada, é uma reação em relação à desorganização crescente que está acontecendo na gestão ambiental a nível federal no Brasil", declarou Pinheiro, que também é consultor do Banco Mundial. Infelizmente, o governo perdeu a interlocução e tem se mostrado incapaz de resolver os conflitos internacionais, além de estar perdendo também a interlocução com o público interno.