Invasão de embaixada no dia da ebertura do BRICS depõe contra a organização do país

14/11/2019
Foto Divulgação/Arquivo Metro Jornal
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A julgar pelos últimos acontecimentos diplomáticos, as Embaixadas deixaram de ser lugar de refúgio, fora o do país de origem. Na manhã de ontem (13) a embaixada venezuelana foi invadida por manifestantes e de acordo com fontes em Brasília, não apenas foi apoiada como teve a participação do governo brasileiro, o que pode gerar uma grave crise diplomática. Apoiar esse ato, exatamente em um momento tão importante para o país é um ato tenebroso. A invasão, com apoio e, aparentemente, articulação do governo Bolsonaro, aconteceu exatamente no dia em que abre-se a reunião de cúpula dos BRICS em Brasília, o que mostra o grau de ousadia e irresponsabilidade de Bolsonaro. Vladimir Putin e Xi Jinping, são apoiadores declarados ao governo de Maduro e esse ato do presidente pode soar como uma forte provocação. A situação é tão crítica que segundo fontes do governo e o Itamaraty o chanceler Ernesto Araújo está diretamente envolvido com a operação. Também na manhã de ontem o deputado Eduardo Bolsonaro declarou abertamente seu apoio a invasão. Note que a confiança na impunidade é tão grande que agora fazem tudo escancaradamente e caso alguém conteste é só pedir umas desculpas e tudo fica bem. Este ato pode ampliar ainda mais o isolamento brasileiro com outras nações. Deputados de oposição questionaram a total apatia do governo em tomar uma ação. O deputado Pimenta da Veiga disse "Nós solicitamos, que diante da manifestação pública do Presidente da República, ele como Itamaraty, que até então vinha justificando a sua postura de total apatia, tem a obrigação de dar consequência à posição pública do presidente da República". A julgar pelo nosso país, parece que todos os cineastas estão enganados quando retratam uma embaixada um local seguro, normalmente guardada por equipes de segurança dos dois países, o de origem e o de instalação. Muitas estórias terão que ser reescritas. Após longa negociação grupo pró-Guaidó deixam a embaixada pacificamente, felizmente.