Renato Feder mais um ex futuro ministro da Educação

05/07/2020

Renato Feder pode ser o quarto indicado a pasta da Educação e o segundo a ser impedido de tomar posse por circunstâncias diversas. Feder e sócio da Multilaser, uma das mais conceituadas empresas do segmento de eletrônicos e de suprimentos de informática nacional e a empresa negocia com o governo federal. A Multilaser fechou contrato com o governo para aquisição de 28 mil tablets, para atender ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na realização do censo 2020, no valor de R$ 14,2 milhões. Em maio a Multilaser firmou com o governo, por dispensa de licitação outro contrato para o fornecimento de mais de 100 mil máscaras cirúrgicas. O valor do contrato foi de R$ 313 mil, fechado diretamente com o ministério da Educação. A Multilaser está no mercado há mais de 30 anos e tem negócio com administração federal desde 2011, sempre através da filial localizada em Extrema, no sul de Minas Gerais, próxima às cidades paulistas de Bragança Paulista e Atibaia. Em circunstâncias normais, transacionar diretamente ou mesmo indiretamente com a administração, já seria motivo suficiente para impedi-lo de assumir a pasta.

Atualização 19:45. 05/07/2020

Como já havíamos antecipado, na noite de ontem (4), O presidente Bolsonaro declarou a interlocutores que que Feder não seria mais ministro na Educação. "Está fora", teria afirmado Bolsonaro a parlamentares. "Não tem ninguém ainda". O que estará acontece com as escolhas do presidente? a cada dia com as concessões que tem feito aos partidos em troca de apoio mais difícil vai ficar sua posição. Feder desagradou tanto a ala militar, quanto a ala mais ideológica do governo. No planalto, a informação que circula foi que um dossiê contra Feder pesou na decisão do presidente.