Investigação do Ministério Publico do RJ contra Queiroz serão retomadas 

07/12/2019

O Ministério Público do Rio de Janeiro, tão logo se deu a decisão do STF que permite o compartilhamento de dados fiscais e bancários de órgãos fiscalizadores ao MP sem autorização da Justiça. Retomou as investigações sobre o possível esquema de 'rachadinha', envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor financeiro da família Bolsonaro. Um relatório de inteligência financeira (RIF) produzido pelo antigo Coaf, atual UIF, apontava que Queiroz recebia depósitos regulares de colegas de gabinete em datas próximas ao pagamento de salários, indício do que caracterizaria a 'rachadinha' que é a prática de retornar parte dos valores recebidos como pagamento de salários aos gabinetes. O MP também apontou para uma suposta ação de organização criminosa no gabinete de Flávio na Alerj e supostos sinais de que o hoje senador lavou o dinheiro com compra e venda de imóveis. A defesa do parlamentar entrou pelo caminho da teoria da conspiração, e acusa o MPRJ de tentar atingir o governo do seu pai. O Coaf, porém, também apontou suspeitas de outros assessores, deputados e ex-deputados, no documento gerado na Operação Furna da Onça, sobre corrupção na Alerj. Até agora o senador tinha se blindado por uma decisão do próprio presidente do STF, que proibia o andamento de todas as investigações que tinham como base informações de unidades de inteligência financeiras. O caso completou um ano nesta semana,quando as informações revelaram movimentações atípicas de R$ 1,2 milhão nas contas de Queiroz. Agora, as investigações serão retomadas, a pergunta permanece. Onde está o Queiroz?