Medida anã restringi a autonomia das UFs no país sem necessidade

28/12/2019

A medida editado ao apagar das luzes e que ataca mais uma vez as UFs de todo o país, irá restringir a autonomia das instituições, que não poderão organizar processos eleitorais para seus dirigentes. Pela lei hoje, a escolha é realizada através de etapas. Desde 2003, a tradição era o presidente indicar o mais votado, de uma lista tríplice escolhida pela comunidade acadêmica. Mas Bolsonaro rompeu com a prática este ano. A MP fixa pesos diferentes de voto para professores, funcionários e alunos na eleição dos reitores. O novo texto reforça o peso de 70% para o voto de docentes (já previsto em leis anteriores) e, agora, define pesos para os votos de técnicos e alunos (15% para cada categoria). De acordo com a nova MP 914/2019 o presidente poderá nomear 24 dirigentes das mais importantes UFs do país e nove de Institutos federais de ensino, já em 2020. Segundo o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes), João Carlos Salles, a MP de Bolsonaro "agride a democracia e a autonomia das universidades". Espera-se que ao retornarem do recesso o congresso derrube mais essa medida. São tantas outras medidas mais emergenciais que o país precisa, que nos parece ser um desperdício para o presidente se ocupar com tantas miudezas.