A imagem de "zero de preocupação"

20/12/2019

As investigações do MPRJ so vem confirmar que, nunca houve a menor dúvida de que o então deputado estadual Flávio Bolsonaro (hoje senador), filho do presidente da República Jair Bolsonaro, através do seu assessor parlamentar Fabrício Queiroz, praticasse, no seu gabinete da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, a chamada "rachadinha", esquema ilegal em que funcionários públicos contratados devolvem parte dos salários ao safado que lhes emprega. As analises aos documentos apreendidos faz crescer ainda mais o escândalo. As provas se avolumam de tal forma que as desculpas de "perseguição contra mim e minha família", "desconhecimento" e a que bloqueou as investigações ate agora a inconstitucionalidade, já não cabem mais. Como negar 483 depósitos, alguns em espécie, parte de salários de pelo menos 13 assessores, alguns fantasmas? Como tentar justificar o rendimento incompatível , através de exorbitantes lucros imobiliários, ou fruto da sua franquia de chocolates em um shopping. Parece a lenda de Midas (tudo que toca vira ouro). E agora enquanto o presidente declara "não tenho nada haver com isso", Flavio se diz perseguido por causa do pai. Enquanto isso  mais uma revelação promete enfraquecer ainda mais o clã bolsonaro e a popularidade de presidente,  agora eAdriano Nóbrega , um dos principais suspeitos de participar do assassinato de Marielle Franco, era um dos beneficiários de recursos proveniente da rachadinho do gabinete da Alerj. Não é perseguição são Fatos, são resultados de investigações e a confirmação de tudo que já se sabia. O que podemos esperar? Animal acuado ataca. A situação está tão séria, que a defesa do senador que alegava "zero de preocupação" com a operação do MP-RJ, entrou com um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (só porque a preocupação e zero). O caso está sob sigilo e a relatoria é do ministro Gilmar Mendes.