Sete empresas que detém mais de 5 bilhões de dólares investidos no Brasil devem sair do país

20/06/2020

O descaso com as políticas públicas de controle do desmatamento e queimadas na amazônia, provocou um grande desinvestimento. O ataque a Amazônia brasileira atingiu o maior índice dos últimos 11 anos. Dados preliminares do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta que nos primeiros cinco meses de 2020 houve um aumento de 34%, exatamente no momento que o presidente afrouxou as medidas de proteção ambiental e pediu mais apoio a mineração e agricultura na região. "As tendências que vemos no Brasil são muito preocupantes", disse Daniela da Costa-Bulthuis, gerente de portfólio para o Brasil da empresa de gerenciamento de ativos holandesa Robeco. "Você tem um desmantelamento dos mecanismos regulatórios de controle ambiental desde o ano passado". Esse fato fez com que, sete grandes empresas de investimento europeias desinvestisse em produtos de carne, operadoras de grãos e até em títulos do governo do Brasil, por não virem nenhum progresso rumo a uma solução para a destruição crescente da Floresta Amazônica. Storebrand, AP7, KLP, DNB Asset Management, Robeco, Nordea Asset Management e LGIM, detêm mais de 5 bilhões de dólares em investimentos ligados ao Brasil, incluindo comerciantes de grãos com operações de vulto no país. A assessoria de imprensa de Bolsonaro não quis comentar as preocupações dos investidores. Ele defendeu o histórico ambiental do país de críticas de líderes mundiais no ano passado enquanto incêndios devastadores na Amazônia causavam revolta global. Até agora, a pressão corporativa se mostrou mais eficiente para fazer Brasília voltar as atenções ao meio ambiente. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, dá de ombros para a pressão diplomática a respeito da questão