Equipamentos de escuta na guarda da equipe da Lava Jato em Curitiba somem misteriosamente

30/06/2020

A guerra travada entre a PGR e os procuradores da Lava Jato de Curitiba, coordenada pelo procurador Deltan Dallagnol, apontam para diversas irregularidades no decorrer das investigações do grupo que recebeu o apelido de 'república de Curitiba', da qual o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro também fazia parte. Agora um novo escândalo ronda a equipe de procuradores, duas unidades de um equipamento sofisticado chamado Guardião, que faz escutas telefônicas em grande quantidade, sumiram nas mãos dos procuradores. O Guardião é um sistema de software e hardware fabricado exclusivamente pela empresa Dígitro, de Santa Catarina. O sistema é capaz de gravar simultaneamente centenas de ligações, esse tipo de equipamento foi usado no grampo ilegal contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Segundo a empresa, fornecedora do sistema, ele é adaptado para cada cliente, mas não pode ser vendido para empresas privadas. A própria Dígitro diz que só pode ser vendido para Polícia Federal, Secretarias de Segurança Pública, Ministério Público, entre outros órgãos e instituições públicas. Informações da PGR, mostra que grande parte do material gravado pelo equipamento foram apagados no ano passado. As apurações realizadas pela PGR mostra também que a Lava Jato abriu mais de mil inquéritos nos últimos cinco anos, que não foram encerrados. Há fortes indícios de distribuição de processos fraudada e outras ilegalidades, que podem vir à tona com a saída de Sérgio Moro do governo e se essas averiguações avançarem. Procurado o grupo diz que todos os processos seguiram rigorosamente o ritos jurídicos, quanto aos equipamentos eles não quiseram falar.