AUTOMOTIVO - Volkswagen, planeja fechar fábricas e cortar “milhares” de empregos
Para tristeza da oposição sistemática, não é efeito Lula. O principal grupo automotivo europeu, o alemão Volkswagen, planeja fechar pelo menos três fábricas na Alemanha e cortar "milhares" de empregos, anunciou nesta segunda-feira (28) o conselho da empresa. "A direção quer fechar pelo menos três fábricas da VW na Alemanha. Também pretende reduzir o tamanho de todas as demais fábricas no país", disse a presidente do conselho do grupo, Daniela Cavallo, em comunicado à imprensa internacional. Segundo um artigo do diário econômico Handelsblatt, o grupo quer poupar quatro bilhões de euros (242 bilhões de reais). "A próxima reunião de negociações salariais é na quarta-feira (30) e é fato que a Volkswagen está em um ponto de virada em sua história. A situação é grave e a responsabilidade dos interlocutores sociais é enorme", acrescentou. O plano, apresentado pela direção, inclui uma redução salarial de 10% para todos os colaboradores e a transferência de várias atividades do grupo da Alemanha para o exterior, informou a presidente do conselho. Sem confirmar as medidas de imediato, a direção do grupo indicou em um comunicado que dever "enfrentar o problema em suas raízes". "O mercado automotivo europeu perdeu 2 milhões de veículos desde 2020", afirmou. "Não estamos sendo suficientemente produtivos em nossas fábricas alemãs, e seus custos estão atualmente entre 25% e 50% mais altos do que havíamos previsto", explicou. Os planos da Volkswagen, que emprega 120 mil pessoas na Alemanha, coincidem com um momento econômico difícil no país, contribuindo para o elevado nível de impopularidade do governo. Um porta-voz do chefe de Governo, Olaf Scholz, que pertence ao Partido Social-Democrata, advertiu contra uma onda de demissões. A marca alemã enfrenta uma queda na demanda em várias partes do mundo, especialmente na China, seu principal mercado.
Direto da redação. Handelsblatt