Chinesa Huawei já está no Top3 no mercado de smartphones.
Nos últimos anos, a Huawei cresceu vigorosamente no mercado global, a ponto de converter-se no segundo maior fabricante de celulares do planeta, atrás apenas da Samsung. Na América Latina a empresa aumentou sua presença e passou de 2,3% para 9,4%, segundo o levantamento da consultoria Euromonitor. Graças a estes avanços, a Huawei se colocou na posição de poder competir pela liderança do mercado, ficando no top 3, em muitos países no mercado de smartphones. Atualmente, a Huawei tem operações em quase todos os países da América Latina. Em 14 deles sua fatia de mercado supera os dois dígitos e, em quatro deles, passa dos 20%, segundo o Statcounter, serviço que mede o tráfego de internet para buscar dados que permitam quantificar quais são as empresas fornecedoras dos smartphones conectados à rede. No Brasil, a empresa tentou entrar no mercado em 2014, mas teve poucos resultados, motivo pelo qual recuou. No último mês ela retomou suas atividades no mercado brasileiro, com o lançamento de dispositivos da linha P30, uma de suas mais caras e sofisticadas, além de anunciar planos de produzir celulares localmente a partir do segundo semestre. A estratégia da empresa que deu certo em vários mercados deve ser a mesma que será utilizada no Brasil, começar oferecendo dispositivos de baixo custo e em seguida introduzir aparelhos para atender o mercado consumidor de poder aquisitivo mais alto. Lançando mão de um alto investimento em marketing, a empresa patrocina vários times de futebol em vários países. A empresa, que é pioneira no desenvolvimento da rede 5G, também pode ter papel determinante no desenvolvimento dessa nova tecnologia no continente. Já obteve contratos para oferecer suporte e construir redes de telecom em mais de 20 países da América Latina e Caribe, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru e Venezuela. O que preocupa futuros proprietários da marca é um recente comunicado da Google suspendendo o acesso da Huawei a seus aplicativos, o que se tornou em uma ameaça à empresa chinesa. "É difícil imaginar um aparelho eletrônico sem acesso aos principais serviços e apps oferecidos pelo Google", diz. Em um cenário normal a entrada da empresa no mercado brasileiro já estaria consolidado, mas as restrições americanas ao avanço da Huawei, poderá causar alguma dificuldade. No entanto, é cedo para prever um risco significativo para as vendas da empresa a longo prazo, já que a empresa já estuda novas estratégia para enfrentar esse problema.
Da CNN Brasil