Das portas do hades (o inferno da mitologia grega) de volta ao PTB

31/01/2022

Para quem estava às portas do hades, até a semana passada quando foi beneficiado com prisão domiciliar para tratamento de saúde. O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, parece ter melhorado rápido. Ele anunciou no último domingo (30) que Graciela Nienov pediu para deixar a presidência nacional do partido por "não possuir condição moral ou política para continuar no cargo após uma briga interna e acusações de traição. "A Graciela me pediu demissão, eu aceitei, pois após os áudios do grupo dela, perdeu qualquer condição moral ou política para continuar à frente da presidência. A Graciela me desqualificou e me traiu. Quis apagar minhas lutas e o meu legado. Estou dizendo isso pelo o que ouvi do grupo secreto da Graciela. A Graciela foi pior do que a Cristiane para mim, que foi pior do que Brutus foi para Júlio César", escreveu Jefferson. É óbvio que Graciela negou a versão. Quem em sã consciência diria "estou saída porque não tenho condição moral de continuar?" Graciela afirmou que foi Jefferson quem pediu seu afastamento. A situação do comando da legenda deve ser definida ainda hoje (31). Segundo a presidente do partido, ela teria recebido uma carta de Roberto Jefferson da prisão e minimizou o conteúdo dos áudios. "Ele (Jefferson) pediu para eu sair por meio do texto. O que eu sinto no momento é muita dor e mágoa. Eu sempre o considerei meu líder e mentor. Era como um pai para mim. Nos áudios não tem nada, não falo uma vírgula", contra ele. Graciela vinha exercendo a presidência do partido de forma interina, desde o afastamento de Jefferson, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. Em novembro ela foi efetivada no cargo na convenção nacional do partido do dia 30 de novembro. Na oportunidade o próprio Jefferson teria a felicitado, ele teria enviado uma carta onde dizia em um trecho. "Com Graciela Nienov, a base chega ao topo no PTB, provando à classe política: no PTB a mulher tem vez e tem voz".