Depois do Tratoraço agora é a vez do Lixoraço

22/05/2022

Reportagem neste domingo mostra que o investimento federal com a coleta de lixo disparou nos últimos anos, de 2019 para 2021, período em que se consolidou o casamento do governo com o Centrão, a compra e distribuição de caminhões de lixo, virou foco de despesas milionárias crescentes e desproporcionais. Algumas situações são difíceis de entender e até requer um estudo aprofundado da questão. Como na cidade de Barra de São Miguel no interior de Alagoas, que possui mais caminhões que lixo a recolher. Além do fato de que em apenas um mês a diferença de preço para a aquisição dos veículos foi de R$114 mil por veículo. Além do fato da suposta presença de empresas fantasmas na operação. A cidade é governada por Benedito de Lira, pai do presidente da Câmara. Lá a prefeitura ganhou três caminhões compactadores, do modelo grande. No entanto, os veículos ficam na maior parte do tempo parados, pois o município, que tem pouco mais de 8 mil habitantes, não produz resíduos suficientes para enchê-los. Nas licitações, a diferença dos preços de compra de caminhões idênticos, em alguns casos, chegou a 30%. Até agora, o governo já destinou R$ 381 milhões para essa finalidade. A reportagem identificou pagamentos inflados de ao menos R$ 109 milhões. Depois do tratoraço, agora é a vez do lixoraço.