DÓLAR - Moeda americana tem a maior sequência de queda dos últimos 20 anos

Bastou a mudança no comando do BCB (Banco Central do Brasil) para a moeda americana acumular a maior sequência de quedas diárias em vinte anos, refletindo o retorno de uma gestão ativa e vigilante sobre o mercado cambial. O BCB, agora sob a liderança de Gabriel Galípolo, demonstrou uma postura firme no combate à especulação cambial, diferente da gestão anterior, quando Campos Neto fechava os olhos para manobras especulativas que pressionavam a moeda brasileira. O dólar comercial encerrou a segunda-feira (03) vendido a R$ 5,815, com queda de R$ 0,022 (-0,38%). A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,90 por volta das 12h, mas inverteu o movimento após Trump e a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, anunciarem negociações para a elevação das tarifas comerciais entre os dois países. Este valores colocam a moeda norte-americana na menor cotação desde 26 de novembro e ja acumula uma queda de 5,88% em 2025. Desde 17 de janeiro, o dólar não fecha em alta, registrando a maior sequência de quedas diárias desde o período entre o final de março e a metade de abril de 2005. Tambem nesta segunda-feira, o euro comercial fechou abaixo de R$ 6 pela primeira vez desde 4 de outubro. A cotação encerrou o dia em R$ 5,981, com queda de R$ 0,047 (-1,22%). A moeda está no menor valor desde 16 de julho do ano passado, quando estava em R$ 5,91. A mudança no comando do Banco Central do Brasil foi decisiva para a valorização do real nas últimas sessões. Desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência, substituindo Campos Neto, o mercado financeiro começou a se estabilizar. Na primeira reunião do Copom, Galipolo foi coerente em manter o aumento da Taxa Selic, visto que não houve tempo hábil para uma análise mais detalhada. O Copom (Comitê de Política Monetária) fará sua próxima reunião nos dias 18 e 19 de março para discutir os rumos da taxa Selic e a situação econômica do Brasil, enquanto isso ficamos nós no aguardo.