Falando da Cloroquina...

10/04/2020

Segundo tratados científicos mais recentes, e uma nova orientação publicada pelo American College of Cardiology. O tratamento a base de cloroquina defendido por Trump e Bolsonaro, pode aumentar o risco de taquicardia nos pacientes, com esse históricos médicos, podendo ser fatal. O principal autor do artigo Dr. Eric Stecker, professor associado de medicina cardiovascular na Universidade Oregon Health & Science, faz um alerta. "Todos os pacientes tratados com a terapia combinada devem ser monitorados para arritmia ventricular, o batimento irregular das câmaras inferiores do coração, o que pode levar a uma parada cardíaca. Não sabemos a magnitude do risco, especialmente com a combinação dos medicamentos". Uma das mais conceituadas publicações médicas do mundo, a The BMJ, lançou um editorial ontem (9) sobre o uso da cloroquina para o tratamento do coronavírus e adverte: "O uso desses medicamentos é prematuro e potencialmente prejudicial". Alheio a todas essas referências altamente embasadas, o presidente, voltou a insistir em rede nacional de rádio e TV no uso do medicamento para o tratamento do coronavírus. Parabenizando ao médico Roberto Kalil que fez uso da substância, nele próprio e em alguns pacientes. Entretanto o Dr. Kalil ressaltou que a hidroxicloroquina foi apenas um dos medicamentos que contribuíram para a recuperação. Foram propostos pelos médicos corticóide, antibiótico, anticoagulante e oxigenoterapia. A questão aqui é, será possível que grandes autoridades médicas e científicas possam estar todas enganadas, ao atestar ser prematuro o uso do medicamento? Não estamos falando de deixar as pesquisas de lado, estas autoridades são unânimes ao dizer que existem grandes chances de eficácia do medicamento. Só que quando um simples capitão do exército sem conhecimento médico nenhum desfaz da palavra de autoridades no assunto. Tem algo muito errado e isso é grave.