Heroís do CBMMG estão de volta de Moçambique missão cumprida

11/06/2019
Foto Divulgação/CBMMG
Foto Divulgação/CBMMG

Uma grande e boa notícia afinal. A primeira missão internacional de bombeiros militares brasileiros (mineiros) foi concluída com êxito esta semana. Após 30 dias de trabalho, a segunda equipe com os mineiros que foram para Moçambique em ajuda humanitária retornou ao Brasil neste sábado. Os militares foram recepcionados com homenagem marcada pelos sentimentos de gratidão e orgulho do empenho na operação no país devastado pelos ciclones Idai e Kenneth, que atingiram o continente africano matando mais de mil pessoas. Em abril, a primeira equipe, composta por 20 militares, ficou 40 dias no país. O segundo time de bombeiros especialistas em operações de busca, salvamento e gestão do desastre permaneceu por mais 30 dias, somando 70 dias de apoio de nossos militares ao país. As recentes tragédias vividas pelo estado de Minas Gerais, especialmente Mariana e Brumadinho, capacitou nossos bombeiros militares a este tipo de missão em qualquer parte de mundo. Esta segunda equipe continuou as ações iniciadas pela primeira equipe que foram de desobstrução de estrada, busca e salvamento de vítimas e uma logística de inteligência na gestão do acidente. Os militares foram homenageados na chegada com diplomas e medalhas, entregues pelo comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), coronel Edgard Estevo da Silva, e o chefe do Estado-Maior da corporação, coronel Erlon do Nascimento Botelho Wender. Junto com a primeira equipe os militares faziam questão de contar as experiências que mudaram suas vidas tanto profissionalmente como como seres humanos. Uma destas histórias cheias de emoção é a do sargento Leite, emocionado contou, que a corporação levou alimento para uma aldeia que estava havia 15 dias sem abastecimento, se alimentando de caramujos. A população os recebeu "como se fosse uma bênção", contou, para ele, o aprendizado ultrapassou a experiência profissional. "Foi uma lição de vida, porque apesar das dificuldades, era um povo feliz. Tivemos um choque de realidade", disse. A equipe agora vai ter 10 dias de folga para matar a saudade de casa. A passagem do Ciclone Idai, em março, matou mil pessoas e deixou centenas de milhares desabrigadas. O Kenneth ocorreu em abril, quando a primeira equipe de bombeiros já estava no país. Ao menos 38 pessoas morreram. Pelo menos alguma coisa para nos encher de orgulho.