INQUÉRITOS PF - Bolsonaro já admite ter mandado vender alguns itens

Aliados mais próximos de Jair Bolsonaro avaliam que o ex-mandatário já está certo de que será indiciado em ''todas'' as investigações em curso contra ele que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações foram profundas e os indícios são muito fortes. Bolsonaro é alvo de pelo menos oito investigações e até agora foi indiciado em duas delas, a falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e o que coloca Bolsonaro de volta no cenário internacional, agora como ladrão de joias. O inquérito sobre o roubo de jóias da Presidência da República. A narrativa adotada pelo clã Bolsonaro e seus aliados e a estratégia fraca de sua defesa, é que o ex-mandatário está sendo vítima de uma perseguição política orquestrada pela Polícia Federal e pelo ministro Alexandre de Moraes. Aliados afirmam que o indiciamento já é dado como certo. Depois de dizer que escolheu esse caminho, o ex-presidente agora parou de negar desconhecimento dos fatos e já admite que determinou a negociação de alguns itens. "Em conversas com aliados nas últimas 24 horas, após o relatório da Polícia Federal sobre o caso das joias ser tornado público, Bolsonaro disse que 'não tinha o que fazer com aquilo' e mandou 'passar para frente, referindo-se a peças como os relógios Rolex e Patek Philippe, que foram comercializados por seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, por US$ 68 mil. Na linha da defesa de acordo com a nota enviada na segunda-feira (08), Bolsonaro teria recebido informações da área do acervo presidencial de que os itens pertenciam a ele. Vale lembrar aqui, que alguns desses itens, nem chegaram a ser relacionados. A defesa entretanto, evita tocar no assunto dos pagamentos em espécie revelados por Lourena Cid que configuram lavagem de dinheiro. Estrategistas políticos avaliam que o eleitorado está dividido em três grupos: os bolsonaristas, que apoiam Bolsonaro incondicionalmente; os petistas e anti-Bolsonaro, que o criticam em qualquer cenário; e os eleitores de centro, que têm opiniões diversas sobre as ''suspeitas'' com muitas provas envolvendo Bolsonaro. Para eles, esse terceiro grupo é visto como uma peça importante, especialmente se Bolsonaro conseguir reverter sua inelegibilidade e concorrer em 2026. No entanto, mesmo depositando suas esperanças nas regras de rodízio entre ministros, que vai colocar o ministro Kassio Nunes Marques presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2026 e André Mendonça seu vice, a reversão muito improvável, Mesmo sendo os dois as únicas nomeações de Bolsonaro para compor o STF (Supremo Tribunal Federal), o que ele chamava de meus 20% no STF.