INTERNACIONAL - Colégio Eleitoral o sistema onde o candidato menos votado pode ganhar uma eleição
Além da agilidade na contabilidade dos votos e na divulgação do resultado, o modelo do sistema eleitoral brasileiro continua a acatar a vontade do eleitor, um voto faz diferença entre ganhar e perder. Por outro lado, peculiar é a palavra que define o sistema eleitoral dos Estados Unidos, onde Donald Trump derrotou Hillary Clinton em 2016 com quase três milhões de votos a menos, e George W. Bush superou Al Gore em 2000 com uma desvantagem de quase 500.000 votos. Os grandes protagonistas são os delegados do Colégio Eleitoral. Em ambos os casos, a vitória dos candidatos republicanos se deu porque eles superaram os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para chegar à Casa Branca. As vesperas da eleição norte americana que ocorrera na próxima semana que vem, a disputa entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris, que promete ser bastante disputada. O sistema eleitoral americano, remonta à Constituição de 1787, que estabeleceu as normas para as eleições presidenciais por sufrágio universal indireto em votação única. Os "pais fundadores" o consideraram um meio-termo entre escolher o presidente por sufrágio universal direto ou pelo Congresso, que era considerado pouco democrático. Ao longo das décadas, centenas de propostas de emenda foram apresentadas ao Congresso para modificar ou abolir o Colégio Eleitoral, mas nenhuma prosperou. Atualmente são 538 delegados a maioria de congressistas, funcionários e ocupantes de cargos locais dos partidos, mas seus nomes não aparecem nas cédulas de votação e, na sua imensa maioria, são desconhecidos da opinião pública. Cada estado tem tantos delegados quanto congressistas na Câmara de Representantes (número determinado pela população) e no Senado (dois por estado). A Califórnia, por exemplo, tem 54 e o Texas, 40. Vermont, Alasca, Wyoming e Delaware têm apenas três. Com essa diferença de representatividade, o candidato mais votado leva todos os votos dos delegados, ou seja, o candidato mais votado no Texas, conta com os 40 votos do estado. Apenas dois estados Nebraska e Maine, decidem por representação proporcional. Em 2016, Donald Trump obteve 306 votos dos delegados, milhões de americanos pediram que o republicano fosse rejeitado, mas apenas dois delegados do Texas decidiram não votar nele. O magnata terminou com 304 votos no total. o total, cinco presidentes americanos perderam no voto popular, mas venceram as eleições. As eleições de 2000 resultaram em um emaranhado na Flórida entre George W. Bush e o democrata Al Gore. Este último obteve mais votos no país, mas o republicano conseguiu 271 votos no Colégio Eleitoral.