INVESTIGAÇÃO - Um castelo da cartas prestes a ruir

Enquanto parlamentares da extrema direita aliados do ex-presidente Bolsonaro enchem o peito para tentar associar o governo a facções criminosas, ate mesmo internacionais. A denuncia feita para PGR (Procuradoria Geral da República) contra o hacker Walter Delgatti incluiu um falso alvará no sistema da Justiça para soltar um preso ligado à facção criminosa Comando Vermelho. O preso em questão, Sandro Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, foi condenado a mais de 200 anos de prisão por crimes que incluem homicídio, latrocínio, sequestro, porte de arma, roubo e organização criminosa. De acordo com a PGR, Delgatti invadiu o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU) para incluir o documento falso que autorizava a libertação de Sandro Louco, que está preso em Mato Grosso e é considerado pela polícia local como um dos líderes do Comando Vermelho. O Tribunal de Justiça do Mato Grosso confirmou que Sandro Louco permanece preso, mas não detalhou se o alvará chegou a constar no sistema ou em qual momento foi percebido que se tratava de um documento falso. Além disso, Delgatti também inseriu alvarás falsos para a soltura de três presos no Distrito Federal. Esses documentos mostra o verdadeiro castelo de cartas prestes a ruir. "Os alvarás de soltura, portanto, foram elaborados a partir de invasão ao sistema do CNJ. Não obstante terem sido gerados no âmbito do sistema competente, o conteúdo é falso, já que não houve o prévio regular procedimento interno, nem a assinatura real da autoridade competente", diz a PGR, em denúncia contra Delgatti. Resta saber se isso foi iniciativa propria do hakcer ou mais uma ordem da sua patroa a deputada Carla Zambelli.