Justiça italiana autoriza menino a receber sangue de doadores vacinados contra Covis-19

Por conta do negacionismo que toma conta do planeta, uma cirurgia de um menino de 12 anos teve que ser adiada, depois da família do adolescente não aceitar que ele recebesse sangue de doadores vacinados contra Covid-19. O fato aconteceu na cidade de Bolonha, na Itália. Os pais queriam criar uma campanha onde pediram que apenas doadores não vacinados doassem para o menino. Os médicos porém alertavam que a cirurgia era urgente e o menino não podia esperar essa seleção, por risco de morte. O sangue que a criança receberia mesmo que de um doador vacinado, não seria menos seguro do que de um que tenha tido Covid e tenha anticorpos naturais. O que estava em jogo era a urgência no procedimento. O caso foi parar nas mãos de um juiz de Modena. Nesta manhã o magistrado se pronunciou sobre o caso e negou o pedido dos pais da criança, para que ela só recebesse sangue de doadores não vacinados contra a Covid-19, a derrota judicial dos familiares foi confirmada pelo advogado Ugo Bertaglia. Conforme o advogado, o magistrado afirmou na decisão que há "garantias de absoluta segurança do sangue fornecido pelo hospital", fazendo assim com que seja superada a objeção dos pais que, por motivos religiosos, querem que o sangue venha de não vacinados. Outro fator que motivou a decisão foram os dados do Ministério da Saúde da Itália que mostram que mais de 91% da população com mais de 12 anos já iniciou o ciclo vacinal contra a Covid-19; 88,4% tomaram as duas doses e 83% receberam as três. (ANSA), o que dificultaria ainda mais, conseguir um doador não vacinado. Segundo os médicos, o menino que não teve a idade revelada [fala-se em 12 anos], precisa passar pelo procedimento cirúrgico cardíaco de maneira urgente.